terça-feira, outubro 09, 2012

passadinha

Qualquer dia eu voltaria e de repente este dia poderá ser hoje. Qualquer dia eu faria o que provavelmente estou fazendo agora. A qualquer momento, um momento mesmo sem a menor especialidade, até sem importância. Em uma tarde tola, sem entrelinha, vontade de dizer nada. Vontade de dizer apenas.
Dizer que tantos qualquer momentos passaram. Passaram outros que não foram tão qualquer assim. Outros passarão e nós, passarinho. E assim passando, passo pra saber de vocês: como tem passado? Por onde passam? É que me atiçou a curiosidade de saber que necas de pitibiriubi andam fazendo vocês.
Sei de uma, confesso, Naná e as flores. Anda embelezando nossa vida por aqui de cores, perfumes e amores. Casou mudou reflorestou. Continua com o sorriso leve, aquela alegria margaridante e a astromerice costumeira, em tons do vermelho-alaranjado pro salmão.
De mim o que falar? Fui voltei. Voltei fui. To sempre indo. Ainda que esteja ficando. Casei. Mudei. Voltei. Fui outra vez. E voltei de novo. Comecei e terminei uma pá de coisa. Minhas malas andam menores e menos pesadas e ainda contendo quantidades mais concentradas de algo do mesmo. É longa a trajetória.
Mas das duas outras não sei. Que ares andam respirando. Que mundo andam conectando. Que linhas andam entrelinhando. Que whatadafuck andam fazendo.
Nem sei se alguém pitibiriubi por aqui anymore.
Qualquer dia eu voltaria e acaba por ser neste agora. De um salto improponível, de um momento imensurável. Agora vou. E se der venham. Voltem. Vão. Passem pra dizer o que passa.


Garoutas, bem passadas: passar bem!

Qualquer dia...

Sat Nam ;)

terça-feira, março 31, 2009

Lá vai ela.




Hoje começam as férias. Férias do trampo. Férias das nóias. Férias das 14h em ponto. Férias das dores. Férias da pausa de 20 minutos. Férias da espera. Férias do elevador lotado. Férias do esquema capenga de alguns e férias da boa vontade de outros. Férias do carpete azul. Férias da pausa de 20 minutos. Férias do ar condicionado no talo. Férias da espera. Férias de Sugestões e reclamações. Férias da Catraca. Férias do Relacionamento com o Cliente. Férias da Paciência sem fim. Férias do Crachá. Férias de muito sono. Férias de acordar muito cedo e dormir muito tarde. Férias de muito aprendizado com diversos sotaques. Férias de muita escuta. Férias de muita conversa. Férias do Head (phone). Férias das risadas, das piadinhas sem graça, das piadinhas cheias delas. Férias da escala 6x1. Férias das cruzadinhas na PA. Férias dos localizadores e suas alterações e reembolsos. Férias dos gaúchos, dos cearenses, do paraibano, da carioca, do marmanjo, da dona de casa, da secretária workaholic, do padre incompreensível, da compreensão do pai de família, dos gringos educados, da guria bêbada querendo ficar mais um dia em Buenos Aires. Férias dos 'heins'. Férias do cofrinho aparecendo. Férias de cara feia. Férias da vontade de ir ao banheiro. Férias de briefings. Férias de Monitorias. Férias de dias lotados e walkman com tenis e óculos escuro pela Paulista. 
Obrigada, Férias, por chegar e levar muita bagagem embora com você. Essa bagagem não preciso mais carregar nas costas e com responsabilidade. Preciso deixá-la fazer o seu serviço e tomar conta de tudo isso. Eu tenho outros planos e minhas mãos carregarão uma outra história. Estou livre porque você chegou, não preciso pensar em mais nada hoje. Você se encarrega do resto. Eu só quero é não pensar em mais nada. Mais nada. 
A.  

segunda-feira, março 24, 2008

E por falar em saudade...

Ando com saudade do futuro
Ando com saudade de gente que eu não conheço
Lugares que eu nunca fui
comidas que eu nunca comi

ando com saudade de meditar na Índia
pegar onda na Indonésia
conversar com as francesinhas de Aux Saint Provence

sinto saudade de um perfume que nunca senti
no percoço de um cara que eu nunca vi
numa rua qualquer por onde jamais passei

me faz uma falta danada aquela vista que eu não vi
aquela musica que eu não ouvi
aquele monte de palavras que não falei

ai que saudade do chocolate que eu não comi
do amor que eu não vivi
do sorriso que eu não percebi!

Saudade do tempo que vem por aí
em vezes de outono, depois primavera
do cheiro e das cores
das flores, dos momentos, dos amores

Eita saudade de um dia
de quem sabe...
E quem saberia?

viverá!

Sat Nam ;)

terça-feira, março 18, 2008

eles, vocês e aqueles que ainda não sabemos o nome

Saudade é o que eu mais tenho sentido.

Saudade de mim quando criança irresponsável e sem hora de tomar banho. Da menina que mais parecia um moleque correndo na rua, brincando de esconde-esconde.

Saudade de conversar com ele e ouvir seus conselhos que eram únicos, duros e irredutíveis. De ouvir suas brincadeiras e sua risada escancarada. Suas histórias cheias de minúcias, aventuras e desordem juvenil.

Saudade da minha mãe quando eu me machucava na escola e rasgava a calça que ela insistia em mandar cerzir.

Saudade de ir comer doce com minha vó. Quando eu era menor (porque eu ainda sou pequena) ela me levava pra comer doce na praça. O gosto do que comíamos e o nome do lugar eu não me lembro. Ela me conta em detalhes e eu acredito no quanto aqueles momentos eram ótimos.

Saudade de brincar de pega-pega e de contar segredinhos antes de dormir pra minha irmã.

Dizer saudade é tão grande, tão profundo e tão intenso que já dói. Sentir então acaba fazendo o peito pulsar em desalinho e desacordo. Faz o corpo tremer a falta e alma decorar o rosto do retrato pra tentar ficar mais fácil.

Eu tenho amigos antigos, atuais, alguns de ontem e até aqueles que eu ainda nem conheço, mas que só de saber que estão no meu caminho já me fazem feliz.

Todos têm seu sabor, seu tempero, seu cheiro que me fazem alguém, me fazem pensar, me fazem amar e me fazem acreditar na vida. Eles tornam o sorriso mais leve e o olhar deslavado pra cantar pro mundo, pra lua e pras estrelas que estamos vivos e que essa história é uma só, até quando surgirem as próximas.

Essa saudade me sussurra a fugir do escritório, roubar a chave do caminhão e sair pela cidade colocando um a um ali dentro, da mesma forma que habitam meu coração.

Dizer a todos que os adoro, respeito e admiro. E dar um beijo amarrado num abraço apertado sem medo, sem traço e com o melhor laço que a vida já inventou.

Saudades de todos aqueles que levaram um pouco de mim e que me deixaram a outra parte preenchida pelo seu carinho.

sexta-feira, março 07, 2008

"Porque é triste o fim...
outro amor se acabou..."

É um amor acaba, outro começa.
Dizer adeus não é fácil. Sempre dói e deixa cicatrizes. Como aquelas de criança que você lembra como uma aventura boa ou como uma distração no meio da brincadeira
Mas começar e recomeçar é sempre bom.

Hoje eu disse "até nunca mais...pra que nunca mais você me veja chorar e pra que eu me jogue em outro canto mais sorridente, cheio de brincadeiras e sorrisinhos."

Esses dias eu descobri que sou uma criança grande. Um menininha que menstrua mas que tá mais a fim de pular dando parafuso na piscina do que fazer qualquer coisa da sua idade.

Eu sou assim. E a cada começo e recomeço me conheço, me admiro, me amo, me aceito!

Só pra contar pra vcs....

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Eu quero esse tempo pra sempre.

Andando pelo Brasil, eu já tive a impressão de que o país é bom demais mas que eu não gosto tanto assim das pessoas, gosto da minha cultura, do jeitão lá do interior, gosto do clima, de como a gente fala, de como se conhece pessoas em dois palitos. Mas sabe quando se acaba pensando, ôooo povinho desgraçado!
Então...em Londres não fica muito diferente, às vezes também me dá uma vontade de virar o país de ponta cabeça, tirar todo mundo de dentro e deixar só os melhorzinhos. É que inglês toma café o dia todo, fala de casa de milhões de libras como se fosse normal se endividar por causa de um jardim, o inglês anda de terno e gravada todo santo dia, no happy hour ou na balada de sábado (allowww é sábado!) e as inglesas só usam roupas de paninho de cores beige. E os ingleses definitivamente têm sangue de barata, eles não brigam, não se exaltam, não falam alto e dizem com licença e me desculpe a cada passo que dão. Sim, eu sei que isso é muito bom, mas como disse um americano "eles são tãaaao boring que eu até gosto dos franceses reclamões".
Galera, bom final de semana pra vocês, eu vou aproveitar que o tempo está friozinho, geladinho, refrescante, com cheirinho no ar, com luz do sol de vez em quando e vou tomar mais um chá e rever meus estudos!
Beijos com cheiro de Londres! (aquela quem vem depois do big ben e do metro e se conhece de trem)

domingo, janeiro 27, 2008

Apenas a agradecer

Enquanto isso, mais ao Sul, depois de uma bela curva costeira, no litora de Sampa, em Sssantoss, uma família se reúne com mais algumas pessoas queridas da mãe para uma oração ao redor da mesa farta. Todos juntos e de mãos dadas para a oração faz a mãe chorar depois do discurso breve do pai: "Não tenho nada a pedir, apenas a agradecer". Simples e suficiente. Foi o que o vento sussurrava nas bandas do lado de cá ao se dirigirem todos em direção a praia carregando cadeiras, champagne, rosas brancas e uma sacola de papelão com as devidas taças para o brinde com o pé na areia: "... apenas a agradecer..."

Os fogos vieram com mais força e mais sincronia, novos barcos no mar iluminavam e enfeitavam a noite. A cada tiro de luz, muita felicidade expressa nos rostos das pessoas. A cada Luz surgindo no céu, mais abraços e mais desejos de paz, saúde, amor e sucesso.

Tim-tim e apenas a agradecer!

Com licença!
Sete Ondinhas!
Um pedido!
A rosa pra Iemanjá!
Sair de ré!
Obrigada!

FELIZ 2008!!! 1 início brilhante!!!