Normal
Normal. Normal. É assim, exatamente assim: normal. Nem bom, nem mal...norrrrrmal. Mornamente normal, tranquilamente normal, explicitamente normal...desconfortavelmente: NORMAL.
Os surtos, em quem é mais pra doidera do que pra sanidade, sempre surgem depois de um período de normalidade. Se nenhum Freud descobriu isso ainda, avisem a psicanálise que aqui do alto de minha cadeira de almofada azul marinho, essa conclusão me acometeu.
Dá-se em dias ensolarados em que começam calmos e o rádio toca músicas das quais sabe-se o refrão e...nada de mais acontece. Dá-se mais gravemente ainda quando toda uma semana é povoada por quase nehuma lágrima, alguns sorrisos, meia dúzia de novidades alheias e uma mala ali, semi pronta, no pé da cama, com preguiça de se fazer e de se desfazer.
Pode ser falta de cerveja - que bêbado ninguém é normal - ou quem sabe de certeza. Pode ser excesso de dia-a-dia, costume de desafio, saudade acomodada. Pode ser tudo, pode ser nada...o estranho é ser normal.
Normalmente loira, ilegalmente normal, impossivelmente comum, visto uma calça jeans e uma camiseta branca, vou de ipod e óculos escuros pegar um ônibus pro meu lugar...disfarçada de qualquer um, confusamente igual. Toda, inteira, desigual...num surto versão normal.
SAT NAM
Um comentário:
Vou classificar como Normal essa minha sweet hangover que não me deixa entender a dança das palavras da pessoa de jeans, camiseta branca e óculos escuros...
Volto outra hora!
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