Eu queria muito ver além de mim. Sair de dentro e me olhar por fora, porque sei todos os meus segredos (os mais sórdidos, os engraçados, aqueles que, nunca, ninguém vai saber) sei de todas as pessoas que não gosto, das que tenho a maior implic e disfarço. Sei de tudo! Então... olhar a casca seria um olhar além, ver o que vocês vêem.
Porém...não sei se eu iria gostar mais da de fora ou da de dentro.

Enquanto não caio pelo além de mim, prefiro a de dentro mesmo com todas as complicações que ela cria, inventa, contenta!

Quando a gente sonha, também vai além...Além do corpo, das idéias, das palavras...Quando a gente se deixa envolver pelo edredom e vai longe, longe. Até quando sonha acordada também ta valendo passagem ao além.

Eu confesso que, mesmo de olhinhos abertos, vou pra além de mim, viajo pra Plutão, no trânsito, em casa, correndo na esteira...correndo por ai...Sou distraída a vera!

Desde pequena eu pegava um brinquedo e ficava pra lá e pra cá olhando todos os detalhes, como funcionava, o cheiro, a cor. Eu ia além do brinquedo literalmente. Ficava viajando total. Minha mãe até hoje tira uma com a minha cara por isso! Enquanto eu ficava lá vesguinha viajando, tava todo mundo no 18º brinquedinho.

Ah! Fui feliz assim e pronto. Mas posso incluir esse fato na lista de esquisitices. Quem não tem uma que atire o primeiro brinquedo, ou a primeira mania.

Voltando ao encontro com o além, a liberdade é a maior busca pelo além. É auto conhecimento... Quer viagem maior do que essa? Viajar além de si mesmo?

Esse assunto rende não!?

Vamos parar pra um sorvete?

Beijo de peixinha pra peixinhos!