O Louco
Ia postar isso no meu blog individual, mas de repente pensei que tinha mais a ver dividir com vcs...amo e sinto saudade!!! O texto é de Khalil Gibran Khalil, o mesmo cara que escreveu "O Profeta" (não a novela brega da Globo, um livro incrível que eu adoro dar de presente, inclusive Tation, seu irmão tem um).
"O Louco
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando: “ladrões, ladrões, malditos ladrões”.
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando eu cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “é um louco!”. Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”.
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós."
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando: “ladrões, ladrões, malditos ladrões”.
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando eu cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “é um louco!”. Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”.
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós."
SAT NAM ;)
2 comentários:
Amei. =)
Os loucos é que são normais!
Muito legal esse texto...bem inspirador ^^
By(e) Biner
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